Em construção

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quarta-feira, 13 de julho de 2016

A educação à distância e minha experiência com o Moodle

                A educação à distância possui peculiaridades que se diferem de forma brusca do ensino presencial. Para começar com a formação mais auto-didata, claro, acompanhada de tutores e uma diversidade de conteúdos predispostos para auxiliar no processo da educação à distância. Em uma sala de aula, o professor precisa abordar os alunos de forma direta, e seu conteúdo deve alcançar o máximo do entendimento possível de quem aprende. No ambiente virtual, o tutor tem um papel crucial no sucesso do aluno, intervindo, dialogando, sugerindo e aprendendo junto com o aluno, que, por sua vez, deve ter autonomia e disciplina para se manter no processo.

                Minha familiaridade com a educação à distância era praticamente nula. Eu conhecia ambientes virtuais de três universidades, mas todos eram utilizados também para o ensino presencial, tendo os ambientes apenas como um banco de dados. Para mim, a educação à distância não passava de uma diversidade de conteúdo em vídeo e texto, um cronograma e a autonomia do aluno. Entretanto, ao participar do VII Percursos Formativos em Docência do Ensino Superior como tutor de uma oficina geral, percebi que, embora a autonomia do aluno seja um ponto importante, o papel do tutor é ainda mais importante.

Bandeiras do Percurso Formativo Discente - GIZ/PROGRAD/UFMG

                Quando aceitei a proposta para ser tutor de uma oficina no percurso docente, não havia uma motivação relacionada ao processo de tutoria propriamente dito. Quanto à tutoria, existia em mim um pouco de medo, mas a motivação real era o aprendizado do conteúdo da oficina em questão. Fui chamado para ser tutor da oficina de Moodle 2.5, plataforma utilizada pela UFMG para educação à distância e semipresencial. Uma oficina sobre a plataforma a qual ela é ministrada. Antes de ser chamado para participar como tutor, eu tinha em mãos um projeto de uma oficina de Planejamento de Jogos Digitais, para o Percurso Discente (PDU), que já estava nos seus primeiros passos de produção. Como eu não sabia exatamente como funcionavam os percursos e as oficinas para o ensino à distância, vi no processo de tutoria da oficina Moodle 2.5 uma oportunidade de aprender a ferramenta básica de construção da minha oficina e métodos diferenciados para tornar a oficina mais interessante e didática.

                Mais do que tutor, eu era aluno.
Banner da oficina para o VII Percurso Formativo de Docentes para o Ensino Superior
                Durante o percurso e as intervenções no ambiente virtual, percebi que a educação à distância pode ser muito mais conexa ao aluno em relação ao presencial. Não há tanto pudor, os alunos se ajudam, há horizontalidade nas discussões e o sistema é fluído. Eu, um aluno de graduação, era tutor de uma oficina para docentes e alunos de pós-graduação.

                Apesar da proposta de ensino à distância, encontros presenciais ou mais próximos (por outras vias como Skype ou telefone, por exemplo) podem e devem acontecer se necessário. A oficina de Moodle 2.5 tinha previsto um encontro presencial, e aquele momento, especificamente, foi, para mim, o evento mais importante durante a oficina. Junto com os professores ali presentes, pude observar realmente a visão dos professores quanto à utilização da plataforma e conversar diretamente com eles sobre como tornar o ambiente virtual mais palatável para o aluno e mais didático. Não basta entender as ferramentas do ambiente virtual somadas a um tutor para um bom desempenho da oficina ou da disciplina no sistema. A estrutura do conteúdo deve ser pensada, as palavras guias e como o conteúdo é apresentado em sua ordem são extremamente importantes para o aluno se organizar, se interessar e aproveitar o máximo da disciplina.



                Infelizmente, eu não participei de todo o processo do percurso docente. Meu papel se encerrou junto com a oficina geral. Durante a semana de feedback, oficinas contextualizadas e seminários, minha participação foi indireta e ausente justamente pelo meu engajamento na produção da oficina de Planejamento de Jogos Digitais para o PDU e a produção de um jogo em andamento no GIZ. Sendo assim, eu não posso avaliar diretamente o impacto da avaliação dos percursistas quanto ao meu trabalho, mas fico lisonjeado com o apoio e carinho demonstrado pela equipe que me acompanhou no percurso. Apesar de todos os elogios, sei que devo melhorar em diversos pontos, e pretendo refletir essa experiência no PDU com a execução da minha oficina.

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