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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Meu ingresso no universo acadêmico e interesse pela educação

Durante o Ensino Médio, eu, Pedro Dantas Anacleto, visualizava o ambiente acadêmico como uma proposta ainda muito presa ao que eu conhecia da escola. Era como se a universidade me oferecesse cursos relacionados à biologia, história, geografia, português e matemática. Eu sabia que não era assim, mas tinha receio da falta de interdisciplinaridade. Eu falo isso porque eu fugi da escola. Sempre fui um aluno calado, nunca dei problemas em sala de aula, mas o tempo me fez ter desinteresse no conteúdo, que para mim era batido, era pacato, sem dinâmica. Eu gostava de múltiplas coisas, múltiplas disciplinas, e de certa forma, eu tinha facilidade para a maioria das ofertas que me eram apresentadas, mas o interesse deixava a desejar. No terceiro ano, eu não estava aguentando o modelo tradicional de ensino da instituição, eu já tinha 19 anos e fugi da escola. A partir daquele momento, eu precisava escolher o meu destino. Eu mirei em três opções.

                Em ordem:
                               1ª- Faculdade de Ciências Biológicas;
                               2ª- Faculdade de Letras;
                               3ª- Experimentar o mercado de trabalho por um ano;
                               4ª- Faculdade de Games e Tecnologia.


                Eu gosto da palavra PlotTwist. Muito. No entretenimento, Plot é o enredo base de toda história. Aquilo que está na sinopse ou aquilo que nos apresenta logo de início para nos prender na trama. PlotTwist é quando George R.R. Martin passa a lâmina no pescoço do seu personagem favorito em Game of Thrones. O plot da minha vida, era começar com a faculdade de Biologia, me tornar biólogo.

 Comecei com games. Mas eu não queria.

Reprodução Editora PEARSON
                Eu gostava de games, mas não era tanto. Eu já havia escrito um roteiro para um jogo que estava sendo desenvolvido na época, mas não por mim, era para um grupo que não sei se ainda existe. Eu também já havia trabalhado em algumas ferramentas relacionadas à produção de games. Mas eu ainda via como entretenimento. Não visualizava games no mercado de trabalho ainda. Muito menos, educação. A Faculdade de Games me apresentou a utilização de jogos em educação por uma perspectiva que eu nunca imaginava. Depois eu falo sobre isso. Abandonei o curso no final do primeiro período, mas herdei o livro Games em Educação – Como os nativos digitais aprendem, de João Mattar.

Fui experimentar o mercado de trabalho.
Essa parte a gente pula.

                No final do ano tive a oportunidade de tentar o vestibular novamente. Pela primeira vez tentei o vestibular para a faculdade de Ciências Biológicas, minha primeira opção desde sempre. Mas também tentei pra Letras. “Eu não ia passar em nenhuma, eu fugi da escola, eu não tenho boas notas, e eu não estudo há um bom tempo.” Era o que eu pensava.
Reprodução Editora PEARSON
                Passei nas duas.

                Mas aqui não tem muitos detalhes importantes para o nosso objetivo, exceto o fato de, quando eu estudava Ciências Biológicas na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, o Professor padrinho de nossa turma, Marcelo, me presenteou com o livro Tecnologias que Educam – Ensinar e aprender com as tecnologias de informação e comunicação, de Fábio Câmara Araújo de Carvalho e Gergorio Bittar Ivanoff. Tanto este, quanto o livro herdado da Faculdade de Games, são da editora PEARSON. Após minha “herança” da PUC, me mudei para Ouro Preto, para continuar o curso de Ciências Biológicas e abandonar o curso de Letras.

Por necessidade e oportunidade, ingressei-me no PIBID/Biologia – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, da CAPES. Necessidade, pois eu precisava me manter na cidade, oportunidade porque havia vaga. Eu já havia experimentado o mercado trabalhando em uma livraria, já havia experimentado o curso de Letras e estava em minha primeira opção, a biologia. Mas a licenciatura nunca fez parte dos meus planos, ou a atuação em sala de aulas.

                Após um ano no PIBID fui entrevistado pela Revista Educação, e o resumo da entrevista, presente na matéria, diz um pouco dos meus medos nos primeiros meses e interesse na educação básica.
Clique para ler a matéria. Reprodução Revista EDUCAÇÃO
                Cada dia dentro do PIBID me dava mais vontade de educar, cada intervenção em sala de aula, cada transposição didática. Dois anos atuando em sala de aula diretamente, ali eu sabia que eu não queria me tornar biólogo. Me ausentei do programa e peguei uma bolsa de extensão, como bolsista e educador no Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas – MCT/EM/UFOP no projeto “Taxidermia, Preservação, Educação e Prática”.

                No museu, tive a oportunidade de ir ao Rio de Janeiro apresentar um banner, resultado de nossa experiência no museu e de um resumo expandido com o título “Museus, manutenção e transformação: Uma experiência na Coleção de Taxidermia do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto MCT/EM/UFOP.”, publicado em 2014, para o III Seminário Internacional Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia.

Gilson, Pedro e Kalila. Clique para acessar o site do projeto.
                No fim daquele ano, as bolsas de extensão para o projeto não foram renovadas pela Universidade e coincidiu com meu desligamento na Universidade Federal de Ouro Preto e ingresso na Universidade Federal de Minas Gerais. Felizmente o projeto “Taxidermia, Preservação, Educação e Prática”, apesar de todas as dificuldades, continua ativo e realizando um trabalho maravilhoso.


                Todo este percurso me levou ao GIZ, na Universidade Federal de Minas Gerais. Onde eu experimentaria outra realidade relacionada à educação. Sendo apresentado, então, a educação à distância.

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